Adalgisa Cavalcanti
- famosasanonimass
- 28 de nov. de 2015
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Nascida em Canhotinho - PE, em 28 de julho de 1905, filha de pequenos criadores e proprietários de terra. Sua mãe faleceu aos 11 meses, portanto, ela é adotada pelos tios, com os quais passa a residir. O tio, plantador, criador e funcionário público, antirreligioso como a esposa, era político e, conforme nos diz Adalgisa, acompanhava sempre o Governo, embora simpatizasse com a Oposição, coisa que escondia, evidentemente.

Em 1934, teve os primeiros contatos com a literatura marxista, que conforme confessa, era para ela de difícil compreensão. Só havia feito o curso primário, mas o Partido a instara a estudar um pouco mais, e durante alguns meses ela foi ajudada nesse particular por um professor, amigo.
Perseguida por suas ideias e por seu trabalho junto ao Partido, ela foi presa pela primeira vez em 1936. Respondeu a processo, foi condenada, passou quatro meses na Colônia Penal do Bom Pastor. Ao sair dali, viveu na clandestinidade, até a legalização do Partido, com o fim do Estado Novo. Passa então a integrar o Comando do Diretório dos Comunistas em Pernambuco e se torna sua candidata preferencial.
Em junho de 1954 ela confessa ter sido presa nove vezes. Em nenhuma dessas prisões sofreu tortura ou espancamento, como acontecia com outros membros do Partido, mas somente "provocações e ofensas morais", às quais respondia à altura, como confessa. Ao todo, segundo testemunho de sua sobrinha, por vinte vezes Adalgisa sofreu a humilhação da prisão.
Adalgisa que se casou em 1922, e nunca teve filhos, tornou-se deputada em 1947: teve 2.298 votos, superando assim vários candidatos de outros partidos influentes. Adalgisa Rodrigues Cavalcanti foi uma parlamentar atuante.
Ao todo, Adalgisa Cavalcanti esteve presa durante vinte períodos, segundo afirmou na sessão da Assembleia que a homenageou, no dia 15 de setembro de 1997, sua sobrinha, Luciene de Freitas Brito.
Faleceu no Recife, no dia 26 de abril de 1998, em consequência de uma isquemia cerebral, aos 96 anos de idade. O seu velório foi um dos mais solitários, segundo o escritor José Mário Rodrigues. Apenas três sobrinhos e duas senhoras amigas. Foi enterrada no Cemitério de Santo Amaro.
Nasceu em Uberaba, Minas Gerais, no dia 21 de julho de 1908. Casou-se e passou a viver em Campo Grande – MT, onde iniciou a sua carreira profissional no Jornal do Commercio.
Durante a revolução Constitucionalista de 1922, tomou partido da causa paulista doando joias pessoais ao movimento, usando seu espaço no jornal para defender a constialização do país e chefiando de costuras e uniformes. Dos soldados revolucionários.
Em 1932, frequentou um curso de enfermeira de emergência. Seu trabalho pelo movimento revolucionário foi reconhecido pelos contemporâneos, que lhe deram um diploma de honra ao mérito. Durante o ano de 1937, passou a residir no Rio de Janeiro, local em que se registrou como jornalista e entrou para Associação Brasileira de Imprensa.
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